segunda-feira, 23 de julho de 2012


Realizado com sucesso o I Congresso Internacional de Educação de Lucas do Rio Verde-MT




Publicada em: 18/07/2012
Por: Assessoria de Comunicação



Nos dias 11, 12 e 13 de julho, foi realizado o I Congresso Internacional de Educação de Lucas do Rio Verde-MT. O evento, inédito na região, foi promovido pela Rede La Salle, por meio da Faculdade e do Colégio, e a Secretaria Municipal de Educação, com o apoio de diversas organizações.

Com o propósito de interiorizar e socializar os estudos inerentes a uma educação de qualidade, o Congresso abordou como temática principal “Diálogos Pedagógicos, da Educação Infantil ao Ensino Superior: A Continuidade como Chave para uma Educação de Qualidade”, contando com a presença de renomados palestrantes do exterior e do Brasil, e a participação de aproximadamente 1.000 congressistas.

A noite de abertura oficial do Congresso iniciou-se com a formação dos participantes da mesa, logo após uma apresentação cultural, e depois de realizados todos os atos protocolares, deu-se início à palestra magna, proferida pelo Prof. Dr. José Marin Del Carmen Gonzales, da Universidade de Genebra-Suíça. Abordando o tema "Inclusão e Exclusão na Educação", o Dr. José afirmou que “não é só importante ler e escrever, mas utilizar essas ferramentas para transformar o mundo em que vivemos”, e ainda disse que “é necessária uma disponibilidade, uma vocação, uma identificação, e que é preciso que os professores, os quais são os intermediários, façam um trabalho muito sério, sobre todos os casos racistas, egocêntricos, que todos nós temos, e este é um investimento muito grande”.

Na manhã de quinta-feira (12), deu-se continuidade ao Congresso, quando os congressistas puderem prestigiar a palestra do Prof. Hamilton Werneck, da Universidade Cândido Mendes-RJ, que trouxe como tema "Da Paixão de Ensinar à Paixão de Aprender". Em sua explanação, o Prof. Wernek disse que a paixão é uma das ferramentas mais importantes para a construção da educação, e segundo ele, “o professor que encanta é seguro, é tranquilo, faz exposições com clareza, elogia os alunos, não se gaba de seus títulos, fala bem dos outros, repete explicações. O professor que encanta, emociona!”, declarou.

Ainda na manhã de quinta-feira, dia 12, o Diretor Geral da Faculdade La Salle, Prof. Dr. Nelso Antonio Bordignon, fsc, falou sobre “O Professor Enquanto Sujeito da Educação”, à luz da abordagem do desenvolvimento psicossocial de Erikson. Em sua apresentação, Ir. Nelso abordou os diversos estágios que se interpõem à formação da pessoa humana, e na relação entre o educador com o aluno. Baseando-se na pesquisa de Erik Erikson, que analisa o desenvolvimento psicossocial, o palestrante declarou que "os estágios são hierárquicos e absorvem as qualidades e as limitações das etapas anteriores [...] a pessoa, durante a vida, vai acolhendo aspectos positivos, o que se chama de forças sintônicas, e aspectos negativos, o que se chama de forças distônicas. Essa crise existencial acompanha a pessoa ao longo de toda a vida, de modo que na vida adulta ela leva consigo as qualidades que apreendeu. E o professor pode refletir isso na sua ação pedagógica".

Já na tarde de quinta-feira (12), foi realizada a mesa redonda sobre o tema "Inclusão e Exclusão", contando com os seguintes debatedores: Prof. Dr. José Martin Del Carmen Gonzales (Suíça), Psicóloga Regina Mara Rodrigues (APAE, LRV) e Profa. Eli Capitanio Betella (APAE, LRV), sob a coordenação da Profa. Izana Néia Zanardo, Supervisora da Educação Básica da Secretaria Municipal de Educação de Lucas do Rio Verde-MT. Em discussão, a Psicóloga Regina afirmou que “para a inclusão dar certo, o primeiro passo deve ser visualizar o que o aluno, dentro da sala de aula, necessita”.

Abordando em sua palestra o tema "Qualidade Universitária e Desenvolvimento Profissional Docente", o Prof. Dr. Milton Molano Camargo, da Universidade La Salle-Colômbia, encerrou as atividades do segundo dia (12) do Congresso. Em sua abordagem, o palestrante falou sobre a importância do investimento aos mecanismos que assegurem a qualidade da aprendizagem nas universidades e, segundo ele, “as instituições, para ter qualidade, têm que ser pertinentes ao ser impertinentes, ser questionadoras, têm que perguntar, mover. A qualidade deve impactar a sociedade!”, declarou.

Pela manhã de sexta-feira (13), os congressistas foram recepcionados com uma apresentação cultural de harpa e violão, da Banda Musical do Departamento de Cultura do Município e, em seguida, puderam ouvir a palavra do Prof. Dr. Vasco Pedro Moretto, da Universidade de Brasília, que trouxe como tema de sua palestra a "Avaliação da Aprendizagem - Uma Relação Ética". Em sua apresentação, definindo os conceitos de ética e moral, o palestrante indagou o estilo de avaliação desenvolvido pelos educadores, através do que afirmou que “a disciplina em aula pode ser imposta (moral) ou proposta (ética)", entretanto, "se tivermos ética, não necessitaríamos da moral".

Dando seguimento à programação do evento, ainda na manhã de sexta-feira (13), o Prof. Dr. Carlos Alberto Jamade Hirmas, fsc, do Instituo La Salle-Chile, trouxe como título de sua palestra "A Educação Atual no Chile e uma Visão da Educação da Criança". Em sua explanação, o Prof. Carlos falou da importância do investimento de qualidade na educação, e falou ainda sobre a metodologia educacional utilizada no Chile. Segundo ele, “a reforma educativa ajuda muito a uma visão unitária da educação no Chile, são escolas públicas e colégios, que têm um regimento diferente, [...] Todas as escolas no Chile, sejam particulares, públicas ou subvencionadas, têm que comprimir com dois elementos: os objetivos convencionais e os conteúdos mínimos estabelecidos, utilizando a carga horaria definida".

Na tarde de sexta-feira (13), último dia do Evento, foi realizada a mesa redonda em discussão ao tema “A Judicialização do Ensino e a Responsabilidade dos Gestores nas Unidades Escolares”, que contou com a presença do Prof. Me. Guilherme de Oliveira Ribeiro, Coordenador do Curso de Direito da Faculdade La Salle, e do Dr. Diogo Madrid Horita, Defensor Público, coordenados pelo Prof. Me. Fernando Cezar Orlandi, Diretor Acadêmico da Faculdade La Salle. Em discussão ao tema proposto, o Prof. Guilherme apontou algumas relações entre a “judicialização” e os educadores em geral, e, segundo ele, “a judicialização do ensino é a levada de problemas que as pessoas verificam na educação básica ao poder judiciário”. Em seus apontamentos, o Defensor Público Dr. Diogo Horita realizou uma explanação histórica e jurídica sobre o tema, além de abordar alguns pontos importantes que encontram-se presentes na Educação.

Com o tema “Avaliação dos Processos de Ensino e de Aprendizagem no Ensino de 09 anos”, a Profa. Dra. Marta Maria Pontin Darsie, da UFMT, deu sequência à programação do I Congresso Internacional de Educação, na tarde de sexta-feira (13). Segundo a palestrante, os profissionais da educação devem estar atentos à maneira de avaliação na aprendizagem, e ainda declarou que “a avaliação deve ser diagnóstica, processual, inclusiva, contínua e também investigativa [...] A avaliação é um momento a mais para aprender, um instrumento de aprendizagem”.

Encerrando as atividades do I Congresso Internacional de Educação de Lucas do Rio Verde-MT, na tarde de sexta-feira (13), a Profa. Dra. Daniela Martí Barros, da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), elucidou o tema “Aprendizagem, Memória e Comportamento”. Segundo ela, “a neurociência em educação é uma ponte em construção”. A palestrante ainda declarou que “cada estado emocional se acompanha de uma gama de fenômenos hormonais e neuro-humorais”, o que faz com que gravemos melhor as informações, sendo assim, deve-se haver empatia entre professor e aluno, pois os fenômenos que acompanham as emoções geram um ambiente mais harmônico possível, estimulando o conhecimento e a retenção da memória.

Além das importantes palestras e mesas redondas, o Congresso abriu espaço aos profissionais da Educação para a apresentação de seus projetos, pesquisas, relatórios de atividades, metodologias diferenciadas, entre outras propostas. Foram 78 trabalhos aprovados, apresentados nas salas de aula e auditórios disponíveis no Colégio La Salle, conforme os sete eixos temáticos propostos para o Congresso. Em sua apresentação de trabalho, a professora de Educação Física de Sorriso, Lisandra Barbosa da Silva, juntamente com Ariel Díaz Loaces, abordou o tema: Estudo do Desenvolvimento Motor: com os Testes de Motricidade Global e Motricidade Fina Segundo o Número de Horas/Aulas de Educação Física Infantil nas Cidades de Sorriso e Ipiranga do Norte-MT. Em entrevista, Lisandra disse que o objetivo do seu trabalho foi “mostrar os benefícios que as aulas de Educação Física podem trazer para as crianças, na Educação Infantil, e no seu desenvolvimento motor e cognitivo”.

Ao final de cada atividade, os congressistas tiveram a oportunidade de realizar perguntas pertinentes ao tema aos palestrantes e debatedores, os quais foram homenageados com a entrega de uma lembrança simbólica.














Escolas autônomas têm mais sucesso’, diz secretário do MEC

César Calegari, responsável pela Educação Básica, comenta série de matérias do GLOBO

A série de reportagens que o GLOBO publicou sobre escolas que atendem crianças de baixa renda e têm Índice de Educação Básica (Ideb) acima de 6, média estabelecida pelo Ministério da Educação (MEC) para 2002 e índice considerado no patamar dos países desenvolvidos, reafirmou para César Calegari, secretário de Educação Básica do MEC, que é possível oferecer educação de qualidade quando a “escola se apodera e assume suas ideias, aumentando o grau de autonomia”:

— Esse é o denominador comum das escolas que, mesmo estando em lugares precários, conseguem oferecer educação de qualidade. Escolas mais autônomas têm mais successo e isso tem orientado as políticas do MEC.

Segundo ele, o Ministério tem trabalhado para fortalecer as equipes das escolas, oferecendo cursos de formação de professores, diretores e vices.

— A formação continuada é importante porque não basta boa vontade. É preciso preparo, é preciso que o professor saiba como avaliar o aluno e ele teve ter recursos para isso. Desse modo, pode reconhecer o potencial das crianças e pode capacitá-las, desenvolvendo ações individuias e coletivas.

Para o secretário, é fundamental ainda que cada integrante da equipe, do porteiro até os responsáveis pela direção, dominem o projeto educacional da escola em que trabalham.

— Crianças e jovens expostos mais intensamente ao projeto educativo se desenvolvem melhor. Além disso, o horário integral também é um fator importante. O turno de sete horas oferecido pelo Mais Educação proporciona que além das aulas as crianças tenham contato com a área cultural e esportiva, por exemplo. Por conta disso, ampliamos o programa, que hoje já funciona em 30 mil escolas.

De acordo com ele, para que mais escolas apresentem o mesmo resultado das 82 que, em 2009, atendiam crianças pobres e tinham Ideb acima de 6, é preciso ainda que o “país faça um esforço para aumentar o investimento em educação”.

— Investir 10% do PIB na educação é necessário. Mas isso não é suficiente. Precisamos melhorar os salários, ampliar a jornada dos alunos, fazer com que professores tenham dedicação exclusiva a uma única escola e ainda garantir que nenhuma criança de 8 anos chegue ao terceiro ano do fundamental sem estar alfabetizada. Esse é o mantra do MEC — diz Calegari.

Ele acrescenta que é necessário que as famílias sejam mobilizadas para que o aprendizado aconteça:

— Isso é decisivo. As escolas têm que interagir com as famílias, já que desse jeito tudo anda bem. Pelo que vimos na reportagem, nas escolas há uma preocupação em fazer com que o aluno não falte. E se falta, envolvem a família para que volte. Mãe e pai têm que se envolver, porque muitas vezes não sabem que o aprendizado é contínuo e por isso deixam o filho faltar.

Autor: Jornal O Globo




Pesquisa sobre os procedimentos de gestão na educação pública brasileira

Uma oportunidade para identificar boas práticas que possam se tornar referências e contribuir para a melhoria dos procedimentos de gestão utilizados por secretarias municipais de educação e também pelo próprio Ministério da Educação (MEC).

Está disponível no portal da Undime até o dia 27 de julho a pesquisa “Procedimentos de gestão na educação pública brasileira: descentralização de recursos financeiros, formação de professores e tecnologias educacionais em sala de aula”, organizada por consultoria vinculada ao MEC, via Unesco.

O ideal é que todos os municípios possam participar. Porém, somente o(a) secretário(a) de Educação e o(a) assessor(a) do secretário(a) estão aptos a responder às questões. Vale lembrar que a adesão é voluntária e o formulário de levantamento de dados ficará disponível até o dia 27 de julho de 2012.

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: adesão dos municípios
Garantir que todas as crianças estejam plenamente alfabetizadas na idade apropriada é a meta do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. O objetivo é que o Governo Federal, por meio do Ministério da Educação (MEC), apoie estados e municípios na implementação de medidas que possibilitarão o cumprimento desta meta. Para isso, serão instituídas ações de incentivo a alfabetização em língua portuguesa e matemática, apoio técnico e financeiro, além de promover avaliações sistemáticas.

Para começar, o MEC pretende criar um programa de formação e aperfeiçoamento de professores alfabetizadores, desenvolvido em parceria com universidades públicas. Os professores estarão munidos com material didático para dar suporte às aulas. Caso algum município já tenha algum programa relacionado ao Pacto, o governo continuará apoiando as iniciativas.

Para fazer parte do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa é necessário que o município assine o termo de adesão se comprometendo com o objetivo do programa. O MEC criou uma espécie de cartilha com orientações para a adesão ao termo. São dois termos. Um referente à adesão ao Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa e outro referente às ações que serão implementadas.

No caso dos municípios que já têm ações voltadas a programas de alfabetização para crianças, não é necessário a assinatura do segundo termo. Isso porque, de acordo com o artigo 4º, da Portaria que institui o Pacto, “Os entes governamentais que aderirem ao Pacto e optarem por não participar das ações mencionadas por já desenvolverem programas próprios de alfabetização em seus sistemas de ensino poderão contar com apoio técnico e financeiro do MEC, por meio do Plano de Ações Articuladas – PAR, para implementação dos mesmos.” Vale lembrar que o processo de adesão é realizado pela internet, por meio do Simec.

A participação de todos os municípios é importante para que o objetivo seja alcançado!



segunda-feira, 9 de julho de 2012


Sociedade brasileira comemora aprovação dos 10% do PIB para a educação pública

               Centenas de ativistas, estudantes, professores, gestores e especialistas de educação comemoraram na noite desta terça-feira, 26/6, a aprovação do percentual equivalente a 10% do PIB para a educação pública.
Depois de 17 meses em tramitação na Câmara dos Deputados, o Plano Nacional de Educação (PNE – PL 8035/10) foi finalmente aprovado pela Comissão Especial que analisa a matéria. Em relação à meta 20, sobre o financiamento da educação, deputados e deputadas foram unânimes em aprovar o patamar de 10% do PIB.
“Com uma posição suprapartidária e partidária, sim, a favor da educação e da soberania deste País, aprovamos o Plano Nacional de Educação, com um conjunto de avanços que foram possíveis de serem negociados entre todos os partidos, que aperfeiçoaram a proposta do Executivo”, afirmou Newton Lima, presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados.
Pressionado pelo Governo Federal, o presidente da Comissão Especial, deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES) chegou a sugerir que a votação, mais uma vez, fosse adiada. Porém, os diversos movimentos sociais presentes pressionaram para que a deliberação final acontecesse ainda no fim do dia de ontem. Assim, às 19h30, os deputados e deputadas retornaram ao Plenário 8, após cumprirem agenda no Plenário da Casa, e aprovaram o índice equivalente a 10% do PIB para a educação pública a ser alcançado em dez anos.

Após a aprovação, manifestantes tomaram o Plenário e comemoram a emblemática vitória, construída em uma longa jornada de 17 meses.
O coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, acredita que a interação entre a sociedade civil e o parlamento foi o principal fator para a aprovação dos 10% do PIB para a educação. "A Câmara dos Deputados abriu espaço para a sociedade civil, questionou, ponderou, negociou e nós realizamos nosso papel de defender princípios, acompanhar, propor e apresentar soluções para a garantia de um PNE pra Valer. No saldo, quem ganhou foi o Brasil."